Dando continuidade à programação de workshops e palestras, a Estação Experiência atingiu o seu objetivo de promover networking e vivências a partir de demonstrações práticas e debates de experiências de empresas, instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e agências do governo.
Palco Ouro Preto Valley
Assim como no 1º dia de Conferência, o Palco Ouro Preto Valley foi dedicado ao debate sobre inovação aberta e parcerias, foco do Programa iTec, que visa incentivar o desenvolvimento da inovação aberta com transferência de tecnologia entre empresas de todos portes, instituições de pesquisa e agências do governo.
O 2º dia desse palco teve início com o workshop “Como Estruturar sua Estratégia de Inovação Aberta: do tema à seleção de parceiros”, ministrado por Vinícius Roman, da Techmall, que deu diversas dicas aos participantes sobre parcerias entre grandes empresas e startups.
A palestra “Inteligência Competitiva a partir de Informações Científicas e Tecnológicas”, foi ministrada pelo especialista da Clarivate Roberto Uchida, que destacou o uso de Informações tecnológicas na identificação de oportunidades e áreas a desenvolver iniciativas de inovação aberta. “Os inovadores de hoje precisam captar sinais e insights, separá-los de ruídos e estimar potenciais retornos”, apontou Uchida.
Guy de Capdeville, da Embrapa, expôs a “Vitrine Embrapa Agroenergia e a Parceria com a Embrapii”.
E José Ricardo de Santana, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), apresentou os Programas de Parcerias Estratégicas do Comitê de Negociação e Relacionamento Institucional (CORI – CNPq), que tem o objetivo de definir as diretrizes para o desenvolvimento de parcerias estratégicas entre o CNPq e empresas, indústrias e organizações privadas, com ou sem fins lucrativos. “A finalidade é estreitar relações entre instituições de ensino superior, como universidades e centros de pesquisa, por exemplo, e empresas e indústrias que desejam aplicar recursos em P&D,I com eficiência e efetividade”, explicou.
Palco Santa Helena Valley
Paloma Tejedor, vice-presidente do Setor de Internacionalização do Conselho Superior de PesquisaCientífica da Espanha (CSIC) deu início às atividades desse palco no dia 1º de novembro ao apresentar o Plano de Ação estratégico para fomentar a cooperação em pesquisa e inovação entre o Brasil e a União Europeia em manufatura avançada e nanomateriais.
“Após a análise de quatro cenários possíveis, identificamos uma série de trajetórias robustas para cooperação eficaz em pesquisa e inovação, bem sucedida e socialmente responsável. Além disso, a consideração sistemática dos mercados, tecnologias, recursos e regulamentos em manufatura avançada e nanomateriais permitiu construir um roadmap socioeconômico”, explicou Paloma, que também apontou que os resultados desse trabalho também irão contribuir para a negociação e o planejamento do próximo Programa-Quadro Europeu em Pesquisa e Inovação Tecnológica.
A palestra “Mapas Mentais: uma maneira inovadora de organizar e visualizar informações” apresentou uma técnica que utiliza os dois lados do cérebro para dar visibilidade aos pensamentos.
A especialista Liz Kimura abordou a eficácia na recuperação de informações, definição e fundamentação teórica no funcionamento cerebral, casos de sucesso nacionais e internacionais e aplicações práticas.
Por que prototipar é importante? Esse foi o tema da palestra ministrada por Renata La Rocca, diretora da Protobox – estúdio que produz soluções personalizadas de forma inovadora e criativa – e Wilson Barbosa Neto, também diretor da Protobox, que falaram sobre prototipagem como ferramenta essencial para inovar.
Assim como no dia anterior, no workshop “Anpei Exchange: Acelere a sua Capacidade de Inovar Usando as Práticas das Empresas Mais Inovadoras do Brasil”, os participantes colocaram a mão na massa e aplicaram a metodologia do Anpei Exchange para analisar, com um olhar sistêmico, a maneira como a sua organização gerencia a inovação; identificar os principais gaps e oportunidades de melhorias; e utilizar a base de conhecimento do Programa para criar um plano de ação para acelerar a sua capacidade de inovar.
O Anpei Exchange é uma base de conhecimento que contém práticas de grandes empresas em gestão da inovação.
André Guerreiro jr, da Duplo J, finalizou o período da manhã desse palco com a palestra sobre “Tecnologia de corte a laser na Indústria 4.0, Maker Spaces e Fab Lab.
Após o almoço, o palco Santa Helena recebeu o workshop Small Data: Pequenas Pistas que Revelam Grandes Insights. “Big Data é um tema conhecido e fundamental em todas as organizações que competem em um cenário global de informações produzidas no mundo. Mas, muitas vezes, a chave para a inovação está escondida dentro da bota de um cortador de cana no interior da Paraíba ou no quarto de uma criança em Berlim. Small Data são esses pequenos detalhes, que podem mudar tudo, e que você não consegue captar se não estiver lá, na vida das pessoas, entendendo suas emoções e seus reais desejos”, explicou Leonardo Dornelas, sócio diretor da Inventta.
No fim do dia, o empreendedor Gustavo Mamão publicou o livro Inovação na Raiz, que conta a jornada de inovação e empreendedorismo da Rizoflora. De acordo com o autor, trata-se de um livro para influenciar e inspirar os que desejam empreender com impacto.
Área Maker
As atividades da Área Maker tiveram início com o workshop “Ideação da Sinergia do Ecossistema de Inovação com Uso de Ferramentas de Computação Cognitiva: Identificando Potencialidades e Desafios”, ministrado por Ricardo Yogui, da PUC Rio, Luciana Hashiba, da We Fab, Leonardo Garnica, da Natura, e Patrícia Leal Gestic, da Inova Unicamp.
De acordo com os organizadores, o workshop teve o objetivo de gerar insights para o mapa dinâmico do ecossistema de inovação em 2018. “A partir de demo do potencial da computação cognitiva para este fim, é possível identificar novas interações e mapear potencialidades e desafios para sua construção, sustentação e utilização. A iniciativa é inédita e visa trazer a colaboração e a integração de todo o ecossistema”.
Realizado pela Protobox, o workshop “Prototipagem e Gestão: transformando ideias em produtos” demonstrou materiais e métodos de prototipagem. A dinâmica foi mão na massa e abordou questões sobre a gestão do processo de produção de protótipos e a materialização das ideias.
No workshop “UX: Como o Design Thinking pode impulsionar a inovação dentro da experiência?”, realizado por Gustavo Oliveira, Head de Design e Inovação do UX Lab TOTVS, os participantes foram divididos em grupos para atuar nos desafios propostos. “Através da oportunidade de vivência e experimentação em atividades de pesquisa, análise, ideação e prototipação os participantes foram instigados a propor soluções para desafios temáticos”.
Palco Mucuri Valley
No período da manhã, o Palco Mucuri Valley foi dedicado às palestras e dinâmicas do Senai “Um novo jeito de fazer inovação no Brasil”. Organizada por Luís Gustavo Delmont, especialista de desenvolvimento industrial do Senai DN, a atividade reuniu palestras e workshops sobre cada um dos Clubes de Pesquisa e Desenvolvimento da rede de Institutos Senai de Inovação. Ou seja, os participantes debateram sobre agricultura de precisão, nanomateriais aplicados a tintas e superfícies, manufatura aditiva de metais a laser, internet das coisas, veículos aéreos autônomos e biomateriais.
No período da tarde, Danilo de Novais Silveira, arquiteto de software da IBM Brasil, realizou o workshop “Watson: Computação Cognitiva”. Durante a atividade, Danilo apresentou o que é Watson e o que são soluções cognitivas. Ele explicou sobre como funcionam as APIs que trazem a inteligência artificial para as mãos dos desenvolvedores, contou onde o Watson já está sendo utilizado no mundo e explicou como os participantes podem transformar seus negócios e aplicações.
“Por que se conectar à realidade das startups?”, esse foi o tema da palestra ministrada por Rodolfo Zhouri, coordenador do Hub Minas Digital e Silvana Braga, CEO e responsável pela reestruturação do Programa SEED Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development. Na ocasião, eles apresentaram cases de startups que se relacionaram com grandes empresas e geraram diferenciais competitivos relevantes com aumento de receita e/ou redução de custos.
A palestra “Formação de Times Empreendedores em Equipes de Inovação”, ministrada por Marina Mendonça, designer de comportamento e cultura e pesquisadora no Núcleo Tropos de P&D, apontou que empreender é mais amplo que criar um novo negócio. “Trata-se do desenvolvimento de um conjunto de habilidades e de como aplicá-las nas rotina de negócios”, explicou Marina.
Palco Iron Valley
Esse palco teve início com o painel “Desafios e Oportunidades para a Indústria 4.0 para o Brasil”, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Nele foram debatido desafios, oportunidades e perspectivas futuras para a indústria brasileira, além das ações que a Agência têm desempenhado para aumentar a produtividade e a inovação na indústria brasileira.
Logo em seguida, Elisa Carlos, gerente de inovação da ABDI, proferiu a palestra “Conexão Startup Indústria: Workshop de Construção do Segundo Ciclo do Programa Nacional Conexão Startup Indústria.
De acordo com Elisa, o Programa Nacional Conexão Startup Indústria promove o ambiente de negócios entre startups e indústrias, com foco em ações de integração digital das diferentes etapas da cadeia de valor dos produtos industriais. Durante sua apresentação, a gerente de inovação chamou os participantes para colaborar com a construção do segundo ciclo do Edital Startup Indústria, o “Startup Indústria 4.0″.
As atividades desse palco foram encerradas com o workshop “Service Design na Prática: Como as ferramentas de Service Design Sustentam Transformações Inovadoras”, ministrado por Fabiano Leoni, criador de experiências da Camaleoni, apresentou cases de empresas que utilizaram uma maneira diferente e criativa para ter sucesso e, consequentemente, lucrar mais.
Segundo Fabiano, a Camaleoni trabalha com três pilares: imersão, truque e espetáculo. “Na primeira etapa, mergulhamos no conteúdo estratégico que servirá de base para a experiência, e entendemos o público que será encantado. Em seguida, usamos diferentes ferramentas e metodologias em prol do desafio. E, por fim, a entrega garante aspectos que formam uma experiência completa, por meio de conexões emocionais. Tudo isto é feito através do uso de metodologia estruturada para tratar os três pilares e criar condições para que a criatividade se desenvolva”.